segunda-feira, 25 de julho de 2011

lenny


Disseste: quem te mandou comprar os bilhetes? compraste porque quiseste. Ah sim? Ok, sozinho não vou.
mas nunca saberás quem comigo foi. Ainda hoje não sabes. Nem saberás. É o meu mais precioso segredo, o meu pecado pessoal, a minha perdição predilecta.

M!? vais a Lenny? queres vir comigo?

Não estávamos sozinhos. Mais dois casais estavam connosco, um sintonizado, outro totalmente fora de FM. a verdade era: queríamos lá saber. Até podia estar alí o primeiro ministro a fazer-nos massagens nas costas. Who fucking cares?
Era a primeira vez de Lenny em Portugal: Restelo, 1 Junho 2002. O Público escreveu sobre.

Foi impressionante a entrega, a magia nas letras e na música.
Mas a tua magia falou mais alto. A nossa química, a nossa loucura falou tão alto, que até quem nos rodeava, ficava pasmo com o nosso à vontade. Pudera, para nós, à nossa volta não existia mais ninguém... o concerto eras tu eu, Lenny a banda sonora.
Quando ouvimos If I could fall in Love, estavas na minha frente, de costas para mim. O cheiro do teu cabelo inebriava-me mais que as notas musicais. Arqueavas o corpo com intenção, roçavas em mim, colocavas o meu desejo em sentido.
Believe, viraste-te para mim, colocas-te os teus braços à minha volta, e os milhares desapareceram. Os beijos eram sofregos, entre palavras perdidas nas nossas línguas entrelaçadas. A tua boca salivada era uma perdição... beijámo-nos por horas sem cansaço.
As minhas mãos escorregaram dentro das tuas calças em American Woman. Ardia de desejo. Nem sei como nos contivemos tanto. Era desejo puro. Sem corantes nem conservantes. A menina do casal des-sincronizado ficou tão sensível, que durante meses nem me falou. So what?
Esta noite, foi memorável. Nossa, de mais ninguém.
Anos mais tarde, admitiste: "Só te digo isto: Se hoje tivéssemos acabado de chegar do concerto de Lenny Kravitz... nunca mais te largava."

M, quando matamos saudades das nossas bocas?

2 comentários:

  1. Bem, isso foi um beijo de tirar a respiração, sem falar que a música quase nos eleva aos céus.

    Quanta intensidade nestas tuas palavras!
    Talvez porque a intensidade dos sentimentos fosse do mesmo tamanho.

    Beijos

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  2. Me:
    Limitei-me a fechar os olhos, relembrar e deixar as palavras fluir. E sim, os sentimentos tiveram esse tamanho todo.
    Beijo
    Thanks for dropping by...
    Z

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